a Vida continua sempre, companheiro.

Hoje, atualizando o blog com um texto que não é de minha autoria, coisa rara.
O fato é que às vezes aparecem momentos em que não saem palavras da sua boca, mesmo que seja para escrever, quando você já está esgotada de certas situações e cansada de tudo a sua volta... e quando já lamentou tudo o que pôde. Quando só te resta tentar superar tudo o que houve, já que esquecer é difícil. Quando só te resta o desejo de querer um tempo pra ficar sozinha, no silencio da sua própria alma, ouvindo aquela música que te acalma e te faz bem e lendo alguns textos que caem como uma luva para o seu momento.

Há momentos que precisamos extravasar os sentimentos escrevendo, que necessitamos disso. E existem os raríssimos momentos em que precisamos ler as palavras de alguém, apenas ouvir. Ouvir aquela música mais desconhecida, aquele verso ou poema que você nunca leu... E no meio disso tudo, se desligar um pouco do que conhecidos te falam na sua volta.

Enfim... Agora sim que vou colocar o trecho do "aguardado" trecho que li.

"Às vezes uma pessoa ou outra diz a ela que não se pode viver assim, fechando os olhos pras coisas à sua volta. Mas a moça, agora tão esperançosa, não só fecha os olhos como também, tapa os ouvidos.
Tantas pessoas passaram por ela, tanta coisa foi dita, tantas promessas que jamais foram cumpridas e ela fica pensando sozinha que, se ela já perdeu tanto tempo com sentimentos de papel, vale a pena - e muito - esperar por alguém que há tanto tempo faz parte da parte mais íntima da sua vida: o seu sonho de ser feliz."

(Rani Ghazzaoui.)

"Que nada nos limite, que nada nos defina, que nada nos sujeite. Que a liberdade seja nossa própria substância, já que viver é ser livre. Porque alguém disse e eu concordo, que o tempo cura, que a mágoa passa, que decepção não mata, e que a vida sempre, sempre continua."
(Simone de Beauvoir)




Meu recado de hoje. Como sempre, eu só posto no blog por motivos. Seja o motivo triste ou quando preciso desabafar... E até mesmo quando estou motivada a escrever.
O motivo de hoje não é dos melhores, tanto que tá parecendo até um diário de menininha.
Da próxima vez atualizo o blog por um motivo mais feliz.

Beijos! :*

Noites Escuras de Sophie

É a noite escura que revela todos os monstros que Sophie pode temer. É durante a sua luta contra a insônia que ela tenta ser forte o suficiente para se levantar na manhã do dia seguinte.

Os sentimentos que antes ficava à mostra e que eram dificeis de ser escondidos, como uma tristeza que parecia não ter fim, hoje dá lugar a um muro, uma máscara perfeita. Um muro na frente de Sophie que, aparentemente é de concreto, mas que a qualquer momento pode se tornar suscetível à um desmoronamento causado por coisas brandas, como as ondas do mar ou por apenas gaivotas.

Ondas do mar... tão belas... ora apaziguadoras, ora turbulentas e nervosas. Ondas que surgem com um grande impacto, tirando tudo do lugar e que logo depois vão embora... destruindo castelos de areia. Vão embora, deixando tudo em ruínas, calmamente como se nunca tivessem estado aquele ponto ali na areia... Ao menos, as ondas do mar deixam marcas que secam rapidamente... Diferente das marcas feitas na vida de Sophie.

E.... gaivotas. Aves graciosas e belas. Sophie hoje sabe que tudo pode ser lindo e gracioso à primeira vista, talvez até à segunda ou terceira. Sabe também que, quando se tratam de pessoas e sentimentos (aqueles arrebatadores e que nos fazem sentir bem, por um momento), na dura realidade, nada é um mar de rosas... 

Tudo deixa sua marca, sua ferida. Uma ferida que demora a cicatrizar, uma lembrança na memória.

Sophie ainda não aprendeu a lidar com a cura dessas dores ou em como fazer para que as mesmas não apareçam de novo, mas hoje existe algo que ela aprendeu: como camuflar o sofrimento e a dor. Não deixar que as pessoas sintam pena dela e repetir todos os dias de manhã para si mesma: "Eu posso sobreviver apenas comigo mesma."

O passado de uma lembrança

Olho para o céu e lembro do seu olhar. Não há olhos mais castanhos e mais brilhantes. Em todo o meu mundo não há e nem haverá um ohar que possa ser comparado ao seu.

E quando esse olhar se encontra ao meu é algo indecifrável e difícil de explicar. Um misto de sensações, um turbilhão de significados. É desejo, é compreensão, é carinho, é calmaria. Através desse olhar é q posso sentir o extremo de emoções, que de qualquer jeito me faz querer mais e mais de ti.

Mais desse olhar sobre mim e mirados aos meus olhos.
Mais da tua mão unida à minha, seus dedos passando lentamente e carinhosamente nos meus.
Mais do teu abraço juntando o teu corpo ao meu.
Mais da minha mão sobre o seu rosto, contemplando cada linha, cada curva, cada parte sua que me desajeita.
A tua boca na minha, me fazendo flutuar, me fazendo voar acima dos oceanos, fazendo com que eu me esqueça de tudo e apenas nos sinta.
Da tua inesquecivel voz me dizendo coisas que necessito ouvir.

Mais da tua simples presença ao meu lado, me provocando, me alegrando, me contemplando, me protegendo, me fazendo pensar no futuro, trazendo-me a paz e a calmaria. Você.... me desajeitando, me desarrumando, me fazendo te desejar cada vez mais.

Quero muito mais dos nossos simples e deliciosos momentos meigos, momentos infantis, das nossas provocações.

[...]
Coisas que me fazem te querer, que enlouquecem-me e que faz com que eu sonhe em te ter um dia, como na primeira vez, como se fosse a primeira de muitas que durariam até a minha eternidade.