A garotinha

    Lembro de um tempo, não tão distante, quando eu era apenas uma garotinha, apesar de já estar com os pés na adolescência naquela época.No auge da minha imaturidade e de minha mente sonhadora.E mesmo com aquela pouca idade, havia uma determinação em mim, mesmo sem saber o significado de palavras difíceis que encontrei e o que elas poderiam significar no meu futuro; tinha uma paciência que parecia ser infinita com tudo aquilo que se levantava para me magoar, pois eu não me importava; tinha grandes perspectivas com um futuro que parecia distante demais, mas que hoje, aos meus 18 anos, esse futuro me cobra posicionamentos e atitudes de uma mulher adulta. Aliás, corrigindo: EU é que faço todas essas cobranças com relação a tudo o que ainda há por vir.

    E parece que foi ontem que eu estava tremendo pelo meu primeiro beijo, que estava escolhendo algo que mudou minha história e que confiava na bondade das pessoas. Mas é agora, no presente, que eu desejo sentir de novo toda aquela ansiedade e felicidade que se sente ao descobrir o que é novo, desconhecido e tão esperado, como em um primeiro romance. É agora que eu tenho a certeza que meus próximos passos irão realmente influenciar o meu futuro quase que completamente e que eu preciso me decidir e fazer escolhas inteligentes. É com a vivência e experiência que adquiri até hoje que sei que as pessoas, ou pelo menos a grande parte delas, não podem ser taxadas apenas como boas ou más, e que eu tenho que ser menos inflexível e mais compreensiva, pois eu também erro, magôo e decepciono o tempo todo, mesmo tentando acertar, tentando ser justa e me dedicando.
  
    O meu olhar de antes, da menina de 13/14 anos, não era tão amplo para ver tantas falhas no mundo, no meu mundo, nem pra saber que eu posso ser um milhão de coisas e conhecer milhares de lugares, mas que é impossível fazer tudo isso ao mesmo tempo e que todas essas coisas não irão mudar o que eu ainda guardo dentro de mim: a pequena garotinha, que eu fui, que sou e que continuarei sendo.
Vou procurar minhas canetas coloridas, fantasiar a minha história, abrir o meu caderno e, momentaneamente, esvaziar de dentro de mim tudo aquilo que me consome, que me corrói, que traduz o meu instante. Escrever em uma página tudo o que está me sufocando e gritando para ser liberto e conhecido.

Os amigos... que se foram.


Chega a ser assustadora a forma como percebemos, ou nem notamos, que as pessoas aparecem e saem tão rapidamente de nossas vidas. É extremamente assustador o fato da vida passar tão depressa, escorrendo entre nossos dedos e então, num dia nós olharmos para o nosso lado e não ver mais alguém que esteve conosco anos (ou meses) atrás e que era tão importante, tão insubstituível.
O que mais nos destrói nesses momentos é a lembrança, que chega como uma faca rasgando o peito. Como queríamos reviver aqueles momentos novamente com a pessoa, como desejamos que ela estivesse vivendo conosco o hoje e o amanhã. É difícil saber o que pode ser pior: você simplismente não saber o motivo pelo qual o afastamento se tornou real, conhecer esse motivo ou não lembrar.
Agora, nesse momento, eu queria poder voiltar no tempo, lá atrás... Tentar consertar as coisas, mesmo sem saber se fui eu que errei ou se aconteceu mesmo um erro. E mesmo que não tivesse em minhas mãos, eu iria tentar. Tentar fortalecer os laços, desfazer as palavras erradas que disse, dar mais importância, curtir mais, agarrar essas pessoas e nunca mais soltar.


"Como eu disse, desaparecimentos acontecem. Dores dissipam. Sangramentos param de escorrer e pessoas, pessoas somem. Tem mais coisas que eu gostaria de dizer, tanta coisa, mas... " (Grey's Anatomy)
Eu queria poder resgatar mais do que eu era, do que fui.

Durante muito tempo, e por consequência de dificeis momentos que enfrentei e do escuro de proteção que cirei em mim por causa dessas coisas, fiz de tudo para me manter de pé e me tornar alguém mais forte... Deixei a inocência e a doçura para trás, a essência que deixei escorrer no meio da estrada na qual avançava; em troca, apenas uma dose tripla de sarcasmo, egoísmo e pessimismo.

E desde o momento em que prometi não mais sofrer por outro alguém, mantive de pé a minha palavra. Mas isso não me fez deixar de chorar por minha própria causa, na cama, no ônibus ou em qualquer outro lugar que fosse.

Uma barreira para meus sentimentos e, ao mesmo tempo, paradoxalmente, a armagura os trouxe à liberdade.

E é apenas o início do fim, os cacos no chão, uma vazio no peito.... E você não vai poder me libertar....




É de madrugada que tenho as maiores inspirações e eu "viajo na maionese". Enfim, decidi, depois de tanto tempo em atualizar o blog, postar um trechinho do que escrevi ontem. Bjos. :*

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Preciso que tu me fales, desejando ardentemente que tu me cales, fazendo-me viajar por lugares inalcançáveis, imaginários e fabulosos, enquanto ao mesmo tempo tu me das a certeza de que permaneço aqui, com meu corpo colado ao teu, nós dois unidos por beijos, abraços, braços... por uma infinita paixão.

Quero te desvendar e serei tua, pois meu sentimento mais puro já pertence a você. E, além de tudo, querp que tu sejas meu porto seguro, assim como prometo tentar ser o teu. E que me iludas com palavras tolas, que me olhes com humor, que me ouças, que me faças parar e recomeçar... Quero ser feliz, poder sorrir, ser o teu amor.