É a noite escura que revela todos os monstros que Sophie pode temer. É durante a sua luta contra a insônia que ela tenta ser forte o suficiente para se levantar na manhã do dia seguinte.
Os sentimentos que antes ficava à mostra e que eram dificeis de ser escondidos, como uma tristeza que parecia não ter fim, hoje dá lugar a um muro, uma máscara perfeita. Um muro na frente de Sophie que, aparentemente é de concreto, mas que a qualquer momento pode se tornar suscetível à um desmoronamento causado por coisas brandas, como as ondas do mar ou por apenas gaivotas.
Ondas do mar... tão belas... ora apaziguadoras, ora turbulentas e nervosas. Ondas que surgem com um grande impacto, tirando tudo do lugar e que logo depois vão embora... destruindo castelos de areia. Vão embora, deixando tudo em ruínas, calmamente como se nunca tivessem estado aquele ponto ali na areia... Ao menos, as ondas do mar deixam marcas que secam rapidamente... Diferente das marcas feitas na vida de Sophie.
E.... gaivotas. Aves graciosas e belas. Sophie hoje sabe que tudo pode ser lindo e gracioso à primeira vista, talvez até à segunda ou terceira. Sabe também que, quando se tratam de pessoas e sentimentos (aqueles arrebatadores e que nos fazem sentir bem, por um momento), na dura realidade, nada é um mar de rosas...
Tudo deixa sua marca, sua ferida. Uma ferida que demora a cicatrizar, uma lembrança na memória.
Sophie ainda não aprendeu a lidar com a cura dessas dores ou em como fazer para que as mesmas não apareçam de novo, mas hoje existe algo que ela aprendeu: como camuflar o sofrimento e a dor. Não deixar que as pessoas sintam pena dela e repetir todos os dias de manhã para si mesma: "Eu posso sobreviver apenas comigo mesma."
Um comentário:
Soltem nossos monstros ...
amei o contexto e tudo por aqui. !
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